Chuvas no Litoral Norte e o que a neve na Argentina tem a ver com isso?
“Sobre as chuvas de São Sebastião, o que nós observamos é que aconteceram diversas dinâmicas em paralelo, não exatamente ao mesmo tempo, mas uma reforçando a outra. Uma espécie de sinergia entre três sistemas”, explicou. Segundo foi apurado por ela e seus pares, houve uma convergência dos dois tipos de chuvas na região afetada pela tragédia. No entanto, um terceiro sistema atmosférico, do Nordeste do país, teria impedido a passagem das chuvas rumo ao oceano, mantendo-as estacionadas na região. Isso serve como exemplo para que vejamos o quão interligados são os sistemas. Esse vórtice lá no Nordeste, que geralmente tem mais influência sobre o clima de lá, segurou o pequeno ciclone extratropical gerado localmente e a frente fria vinda do sul do continente. No final das contas, choveu tudo no mesmo local”, analisou.
Marina Hirota, professora do Departamento de Física da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)