Cloud Transformation — 7R’s análise sobre o Lift and Shift
A estratégia “lift and shift” refere-se à migração de aplicativos e sistemas existentes para a nuvem sem modificá-los significativamente. Essa abordagem “pode” ser viável a curto prazo, dependendo dos objetivos e das circunstâncias da organização, mas pode também se tornar uma armadilha.
Situações em que o “lift and shift” pode ser estudado:
Migração Rápida
Se a organização precisa mover rapidamente seus aplicativos para a nuvem sem passar por uma reconstrução extensa, o lift and shift pode ser uma opção. Isso permite que a empresa aproveite rapidamente alguns benefícios de infraestrutura de nuvem, como escalabilidade de máquinas virtuais em um ambiente com maior disponibilidade de infraestrutura.
Retorno (ROI) de Curto Prazo
O lift and shift pode ser uma escolha econômica de curto prazo, especialmente se a empresa precisa retorno rápido sobre o investimento (ROI). Isso ocorre porque a migração rápida pode reduzir os custos iniciais de investimento em hardware e na comparação com abordagens que envolvem refatoração ou reconstrução de aplicativos.
O contra-ponto - As divergências da abordagem “Lift and Shift” em relação a digitalização e modernização da organização:
- Subotimização de Recursos: A migração rápida pode resultar na subutilização dos recursos da nuvem. Os aplicativos podem não ser reconfigurados para tirar total proveito da escalabilidade e elasticidade oferecidas pela nuvem, resultando em custos desnecessários.
- Falta de Otimização de Desempenho: Aplicações que foram simplesmente transferidas para a nuvem podem não estar otimizadas para o ambiente de nuvem. Isso pode resultar em desempenho subótimo, já que as características e capacidades da nuvem não foram plenamente aproveitadas.
- Persistência de Problemas de Arquitetura: Se os aplicativos já possuíam problemas arquiteturais ou de design antes da migração, a migração rápida pode simplesmente transferir esses problemas para a nuvem, sem resolvê-los efetivamente.
- Complexidade Operacional: A pressa na migração pode resultar em uma falta de automação, monitoramento adequado e implementação de práticas DevOps. Isso pode levar a uma complexidade operacional maior e dificuldades na manutenção e atualização dos aplicativos na nuvem.
- Dificuldades na Adoção de Práticas Ágeis: A rápida migração pode dificultar a adoção de práticas ágeis, como desenvolvimento contínuo, integração contínua e entrega contínua (CI/CD). A implementação dessas práticas pode ser adiada, afetando a agilidade e eficiência da equipe de desenvolvimento.
- Riscos de Segurança e Conformidade: A pressa na migração pode resultar em uma avaliação insuficiente dos requisitos de segurança e conformidade na nuvem. Isso pode aumentar os riscos de violações de segurança e não conformidade com regulamentações.
- Migração de “Lixo” (Garbage In, Garbage Out): Se os aplicativos que estão sendo migrados possuem dados ou componentes desatualizados, a rápida migração pode simplesmente transferir “lixo” para a nuvem, comprometendo a qualidade dos dados e a eficácia operacional.
- Custo contínuo: Embora a migração inicial possa ser mais econômica em termos de custos iniciais, ao longo do tempo, a falta de otimização pode resultar em custos contínuos mais elevados. A alocação inadequada de recursos na nuvem pode levar a custos desnecessários.
- Perda de oportunidades de inovação: Ao não modificar ou melhorar os aplicativos durante a migração, uma organização pode perder oportunidades de inovação que a nuvem oferece. Novas funcionalidades, serviços e abordagens de arquitetura podem ser negligenciados.
- Menor eficiência operacional: A simples mudança para a nuvem sem ajustar os processos operacionais pode resultar em menor eficiência. Automatização, monitoramento avançado e práticas DevOps podem não ser implementados, limitando a eficiência operacional.
- Riscos de segurança: A segurança dos aplicativos pode ser comprometida se não forem realizadas as devidas atualizações e ajustes de segurança durante a migração. É importante garantir que os controles de segurança sejam revisados e ajustados conforme necessário.
- Manutenção de complexidades existentes: Se os aplicativos já possuírem complexidades significativas ou problemas de desempenho antes da migração, o lift and shift pode simplesmente transferir essas questões para a nuvem, sem resolvê-las efetivamente.
- Dificuldades na escalabilidade: A falta de ajustes adequados pode resultar em dificuldades ao escalar aplicativos conforme necessário. A escalabilidade horizontal e vertical pode ser limitada se os aplicativos não forem adaptados para lidar com a dinâmica da nuvem.
É importante destacar que, embora o lift and shift possa oferecer vantagens imediatas, ele não aproveita completamente os recursos e benefícios exclusivos da nuvem. Em longo prazo, as organizações podem considerar otimizações e ajustes para tirar o máximo proveito das capacidades da nuvem.