FreeFlow — Uma solução para redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE).
A redução dos gases de efeito estufa (GEE) refere-se aos esforços para diminuir as emissões desses gases na atmosfera, que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas. Os principais gases de efeito estufa incluem dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxidos de nitrogênio (NOx), e gases fluorados, que são liberados por atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis, agricultura, desmatamento e processos industriais.
Meta de 2030
A meta de 2030 é um marco importante no contexto do Acordo de Paris, que foi adotado em 2015 por 196 países na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21). O acordo tem como objetivo limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, com esforços para limitar o aumento a 1,5 graus Celsius.
Para alcançar esses objetivos, muitos países estabeleceram metas específicas de redução de emissões até 2030, conhecidas como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês). Essas metas variam de país para país, mas geralmente incluem compromissos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em relação aos níveis de referência, aumentar o uso de fontes de energia renováveis, melhorar a eficiência energética e promover práticas sustentáveis na agricultura e no uso do solo.
O que é FreeFlow?
O sistema Freeflow da CCR é uma tecnologia de pedágio eletrônico que permite o pagamento de tarifas de forma automática, sem a necessidade de parar em praças de pedágio. Esse sistema utiliza leitura de TAGs (etiquetas eletrônicas) ou de placas dos veículos para cobrar as tarifas, proporcionando uma experiência de viagem mais fluida e rápida.
O Freeflow é parte de uma tendência de pedágio “sem barreiras” ou “free-flow”, onde os veículos podem passar por pórticos equipados com sensores sem precisar reduzir a velocidade (CCR Rodovias) (Grupo CCR). A CCR RioSP implementou este sistema nas rodovias BR-101 (Rio-Santos) e BR-116 (Presidente Dutra), que são vias de grande fluxo entre São Paulo e Rio de Janeiro (Grupo CCR) (The Brazilian Report).
Como o FreeFlow se relaciona com redução do GEE?
O sistema Freeflow da CCR pode ajudar na redução de gases de efeito estufa (GEE) de várias maneiras:
- Redução do Tempo de Parada: Com o Freeflow, os veículos não precisam parar nas praças de pedágio. Isso reduz o tempo que os veículos passam parados e em marcha lenta, o que é um dos momentos em que os carros consomem mais combustível e emitem mais poluentes.
- Fluxo de Tráfego Mais Eficiente: A eliminação de paradas em praças de pedágio ajuda a manter um fluxo de tráfego mais constante e suave, diminuindo congestionamentos. Isso leva a uma menor emissão de GEE, pois os veículos mantêm uma velocidade constante em vez de alternar entre aceleração e desaceleração (CCR Rodovias) (Grupo CCR).
- Menor Consumo de Combustível: A eficiência no trânsito proporcionada pelo Freeflow resulta em menor consumo de combustível por viagem. Veículos que não precisam parar e arrancar frequentemente consomem menos combustível, o que reduz diretamente as emissões de CO2 (The Brazilian Report).
Estudo — Como o FreeFlow pode reduzir as emissões de GEE, na prática.
Premissas
A distância regulamentada para a abertura de pistas na implantação de uma barreira de pedágio pode variar de acordo com as leis e regulamentos de cada país ou região. No Brasil, por exemplo, as normas para a instalação de praças de pedágio e suas barreiras são definidas por órgãos reguladores como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e podem variar dependendo das características específicas da rodovia e do projeto.
Vamos considerar um exemplo com valores fictícios para ilustrar o conceito:
Espaço de abertura da pista = 500mts
Velocidade inicial, ou v0=20 m/s
Desaceleração e aceleração, a=2 m/s²
Tempo de frenagem, T1=0 a T2=10s
Tempo de parada, T2=10s a T3=15s
Tempo de aceleração, T3=15s a T4=25s
Estimativa do Consumo de Combustível
Consumo durante a Frenagem e Aceleração: O consumo médio durante a frenagem e aceleração é mais alto devido ao esforço do motor. Vamos assumir que o caminhão consome aproximadamente 25 litros por 100 km (ou 4 km/l) durante essas fases. (Considerando um Caminhão Regional — 10 a 15 toneladas).
Consumo durante a Parada: Durante a parada, o motor pode estar ocioso, consumindo cerca de 2 litros por hora (considerando o tempo de parada).
Cálculo de Emissões
Distância Percorrida: Assumindo que o caminhão desacelera e acelera por 0,5 km (500 metros) no total.
Tempo de Parada: O tempo de parada é de 5 segundos.
Parada: De 10 a 15 segundos, o caminhão está parado com velocidade zero.
Simplificação
Consumo durante a Frenagem e Aceleração: O consumo médio durante a frenagem e aceleração é mais alto devido ao esforço do motor. Vamos assumir que o caminhão consome aproximadamente 25 litros por 100 km (ou 4 km/l) durante essas fases.
Consumo durante a Parada: Durante a parada, o motor pode estar ocioso, consumindo cerca de 2 litros por hora (considerando o tempo de parada).
Assim, a emissão total de CO² durante o processo seria aproximadamente 0,3425 kg. Este cálculo é uma simplificação e pode variar com base em fatores específicos do veículo e das condições de operação.
Um mês com 50.000 passagens de Caminhão Regional
Conclusão
A emissão total de CO² para 50.000 caminhões regionais (10~15ton) passando pela barreira de pedágio em um mês seria aproximadamente 17.125 kg, ou 17,125 toneladas de CO².
ESG
ODS 11: Cidades e Comunidades Sustentáveis
- Meta 11.6: Reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, com especial atenção para a qualidade do ar. Ao reduzir congestionamentos e emissões, o freeflow contribui para cidades mais limpas e sustentáveis.
ODS 13: Ação Contra a Mudança Global do Clima
- Meta 13.2: Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planeamentos nacionais. O freeflow contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa dos transportes, ajudando a mitigar a mudança climática.