Rise Of the Robots — Martin Ford (Resume)
RISE OF THE ROBOTS — Martin Ford
“Os Robôs e o Futuro do Emprego” é um livro escrito por Martin Ford, publicado em 2015. O autor examina os impactos da automação e da inteligência artificial no mercado de trabalho e na economia em geral.
1. Automatização e Desemprego: Ford argumenta que a automação e o avanço da inteligência artificial estão eliminando empregos em uma escala sem precedentes. Isso se deve ao fato de que os robôs e os sistemas de IA estão se tornando cada vez mais capazes de realizar tarefas que antes eram executadas por seres humanos.
A automação executa tarefas repetitivas, sem dúvida as máquinas têm mais capacidade de paralelização e processamento linear neste quesito. Mas não podemos esquecer que a repetição não eleva o modelo de pensamento apenas esclarece questões já conhecidas.
2. Aumento das Desigualdades: O autor argumenta que a automação está contribuindo para o aumento das desigualdades econômicas, pois as empresas buscam automatizar empregos de baixa remuneração, enquanto empregos de alta remuneração estão mais seguros.
A cada instante são identificadas novas formas de automação, em algumas situações até automação de automação, mas é importante destacar que este não é um modelo exponencial porque a retroalimentação é linear, o que sem dúvida atinge a trabalhadores braçais. Até que sejam criados novos formatados de emprego, que trabalham mais com intelectual, a economia sentir o impacto até se adaptar.
3. Ameaça para Empregos de Classe Média: Ford adverte que empregos de classe média, como os relacionados a serviços financeiros, atendimento ao cliente e escritórios, também estão em risco de automação, o que pode impactar negativamente a estabilidade econômica de muitos.
A classe média tem mais capacidade financeira e pode se adaptar mais rapidamente às mudanças. A inteligência artificial não é um inimigo para quem investe em estudos e mantém relacionamentos pessoais com grupos diversos. O que precisamos levar em consideração é que não existe inteligência artificial consciente, quer dizer, não existem relações humanas provenientes da IA e nada fora de parâmetros pré-estabelecidos e executados de forma fria e precisa. O relacionamento humano que gera desenvolvimento é muito mais do que isso, a mecanização apenas repete e repete resultados, em algum momento todos terão as mesmas respostas.
4. Renda Básica Universal (UBI): O livro sugere que uma possível solução para o desemprego resultante da automação é a implementação de uma renda básica universal, que garantiria a todos os cidadãos uma certa quantia de dinheiro regularmente, independentemente do emprego.
Este modelo reduz o impacto da adaptação, não acredito em mudança sem esforço, além disso remete a um estado centralizador e como sabemos este modelo está mais próximo de pessoas corruptas e ditadores do que de pessoas com consciência de mudança.
5. Reskilling e Educação: Ford destaca a importância da requalificação e da educação contínua como uma forma de lidar com a automação. Ele argumenta que os trabalhadores precisam adquirir habilidades que sejam menos suscetíveis à automação.
Os trabalhadores devem adquirir modelos de pensamento paralelos, devem aprender mais sobre disciplinas variadas, devem se envolver com questões sociais e ambientais e criar um modelo mental descentralizado, colaborativo e participativo. Não acredito que exista apenas um tipo de inteligência e não acredito que todos estão encaixados no melhor modelo de desenvolvimento dessas inteligências. Por décadas a revolução industrial nos forçou a especificar habilidades que nem sempre são as nossas melhores habilidades, muito direcionado ao retorno financeiro, a predefinições familiares ou grupos sociais. Acredito que um modelo mais adequado seria, além de orientar os trabalhadores a múltiplas disciplinas também equalizar os salários e não deixar o mercado decidir a remuneração sobre oferta e demanda.
6. O Futuro Incerto: Embora Ford apresenta um quadro sombrio sobre o impacto da automação no emprego, ele também reconhece que o futuro é incerto e que as sociedades precisam encontrar maneiras de se adaptar a essas mudanças.
A adaptação vem do aprendizado contínuo, como Taleb disse em seus livros (“Cisne Negro” e “Antifragilidade”), o futuro depende das iterações de hoje e da capacidade de adaptação quando aprendemos com erros e usamos a experiência para impulsionar grandes mudanças.
Em resumo, “Os Robôs e o Futuro do Emprego” de Martin Ford explora os desafios econômicos e sociais apresentados pela automação e pela inteligência artificial. O autor argumenta que, à medida que a automação avança, é crucial repensar políticas econômicas e sociais, como a implementação de uma renda básica universal, para enfrentar o desemprego em massa que pode resultar dessas mudanças tecnológicas.
Mais fontes:
NYT — https://www.nytimes.com/2015/05/17/books/review/rise-of-the-robots-and-shadow-work.html
Alucinações da Inteligência Artificial — https://mittechreview.com.br/ia-o-lado-sombrio-da-criatividade-das-maquinas/