Sou contra o Lift and Shift, explico…

Marcos de Benedicto (Bene)
1 min readDec 17, 2024

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O Lift and Shift pode parecer uma solução rápida e simples, mas tende a criar grandes problemas a longo prazo. Migrar sistemas legados para a nuvem sem qualquer transformação mantém as mesmas ineficiências e limitações, impedindo o aproveitamento pleno dos benefícios da nuvem. Isso resulta em altos custos operacionais, dificuldades para integrar novas tecnologias, estagnação na evolução do sistema e até problemas de segurança e conformidade.

É importante apontar que a adaptação para um modelo Cloud-Native não é uma responsabilidade da infraestrutura. O papel do desenvolvedor é central nesse processo, sendo ele o responsável por redesenhar as aplicações para explorar as capacidades da nuvem, como escalabilidade, automação e a adoção de arquiteturas baseadas em microserviços.

Quando simplesmente “empurramos” máquinas virtuais para um provedor de nuvem, a migração recai sobre a infraestrutura, transformando o Cloud Provider em uma extensão do datacenter tradicional. Na abordagem de virtualização como serviço (IaaS), em que você converte seus ativos físicos — máquinas, equipamentos de rede, nobreaks, geradores, ar-condicionado, datacenter, storage… — são convertidos em custo operacional, os benefícios propostos pela nuvem tendem a ser comprometidos.

Na visão econômica, o custo despendido com um projeto Lift and Shift pode se tornar maior que um projeto de Cloud-Native. Embora pareça uma “boa solução”, os custos operacionais somados as proteções — DR, segurança, atualizações, clusters — acabam tornando essa abordagem menos eficiente do que investir desde o início em uma transformação real para a nuvem.

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