Engenharia de Plataforma

Marcos de Benedicto (Bene)
4 min readMay 2, 2023

No livro Topologias de Equipe de Matthew Skelton e Manuel Pais, a equipe de plataforma é descrita como uma equipe de missão crítica horizontal e um caminho para equipes alinhadas ao fluxo (ou equipes de produto) para acelerar o fluxo de mudança.

Imagem — Livro Team Topologies https://teamtopologies.com/book

Se você entende que seu departamento de engenharia sofre com baixa performance ou dificuldade de escalabilidade, pode ser porque suas equipes não estejam estruturadas de maneira otimizada para uma esteira de entrega. A estrutura de sua equipe, bem como os modos de interação entre essas equipes, são importantes para alcançar os seguintes resultados:

Time-to-market — As equipes de produto (as equipes que constroem a lógica de negócios) contam com a equipe da plataforma para ajudá-las a enviar o código com muito pouco trabalho, além de manter a autonomia.

Risco reduzido — A equipe da plataforma está preocupada não apenas com a velocidade de entrega do produto, mas também com a segurança e a governança. A equipe de desenvolvimento usa a prateleira de XaaS da equipe de plataforma e as regras de consumo estabelecidas pela organização para entregar aplicações seguras, reduzindo o risco de violação, compliance e perda de confiabilidade de dados.

Custo reduzido — As equipes de produto que implementam sua própria infraestrutura tendem a reinventar a roda e duplicar componentes, adicionando custos. O tempo é gasto com o envio do código comercial em grande parte devido ao trabalho não planejado e ao gerenciamento de sua própria infraestrutura. A equipe da plataforma remove as incógnitas da equipe do produto, economizando inúmeras horas de trabalho FTE.

Mas para alcançar estes resultados, há muita complexidade organizacional e tecnológica. O papel das equipes de plataforma é simplificar esta complexidade e criar uma prateleira de consumo para seus clientes internos, para isso um dos primeiros passos é mapear as capacidades necessárias para os times de desenvolvimento, agrupar e priorizar conjuntos de entregas.

A orientação ao negócio parte desde a estratégia de portfólio até as esteiras de desenvolvimento e plataforma. É necessário que os times de desenvolvimento tenham autonomia nas esteiras, nos ciclos de interação e no consumir dos recursos provisionados pela Engenharia de Plataforma.

São duas vertentes, de um lado o aprendizado contínuo da Engenharia de Software e de outro o aprendizado contínuo da Engenharia e Plataforma, estes conjuntos navegam com independência sendo conectados através da uma plataforma de consumo e de dados de qualidade (DORA), mas são autônomos na melhoria contínua (PDCA).

O objetivo da engenharia de plataforma é melhorar a experiência do desenvolvedor (DX) padronizando e automatizando a maioria das tarefas no ciclo de vida de entrega de software (SDLC). — DZone

Internal Developer Platform (IDP) — DZone

O IDP é uma plataforma que compreende ferramentas e tecnologias nativas de nuvem de autoatendimento que os desenvolvedores podem usar para criar, testar, implantar, monitorar ou fazer quase qualquer coisa relacionada ao desenvolvimento e entrega de aplicativos com o mínimo de sobrecarga possível. Engenheiros de plataforma ou equipes de plataforma o criam após consultar os desenvolvedores e entender seus desafios e fluxos de trabalho exclusivos.

https://dzone.com/articles/what-is-platform-engineering-how-to-get-started

Métricas DORA (Google)

https://platformengineering.org/talks-library/track-dora-devops-metrics-with-logilica-and-humanitec

DevOps Research and Assessment, ou DORA, é uma equipe de pesquisa do Google. Em 2020, eles lançaram seu projeto de código aberto Four Keys, que ajuda as organizações a medir e melhorar a eficiência e a eficácia de suas equipes de engenharia usando quatro medidas principais. Estes são:

  • Frequência de implantação, ou quantas vezes por dia o código é implantado na produção
  • Lead Time for Change, ou quantas horas leva desde o início de uma atividade (como resolver um tíquete do JIRA) até a produção
  • Time to Restore Service, ou quantas horas leva para se recuperar de uma falha de produção
  • Taxa de falha de alteração ou quantas implantações dão errado na produção.
Google DORA

Além dessas métricas, o Google também descreve como cada métrica deve parecer em um pipeline de desenvolvimento saudável.

Em resumo, a prateleira de ferramentas para o desenvolvimento é o produto da Engenharia de Plataforma.

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Fonte: https://teamtopologies.com/book

Fonte: Logilica & Humanitec https://platformengineering.org/talks-library/track-dora-devops-metrics-with-logilica-and-humanitec

Fonte: https://dzone.com/articles/what-is-platform-engineering-how-to-get-started

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